quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nas mãos do tempo
Cada manhã é uma nova chance para seguir em frente, mesmo que os caminhos se obstruam e que as respostas demorem a chegar.
Mesmo que as dúvidas nos obscureçam o ânimo e o nosso coração se retraia sem motivos pra sonhar. Confiar nas mãos do tempo é ter certeza em uma direção que, cedo ou tarde a nós se mostrará.
Se o dia se tornou nublado e os nossos olhos, sem esperança que o azul de novo possa brilhar, cismarem em mirar somente as pedras do caminho, entregar-se nas mãos do tempo é dar uma trégua na jornada e respirar profundamente o ar da vida doida pra brotar.
Se os pés cansados da poeira e do esforço das longas jornadas, à beira da estrada buscarem alívio e mansidão, descansar nas mãos do tempo é crer que, novos caminhos floridos e suaves, logo à frente se abrirão, com puras fontes de água doce pra beber.
E quando na encruzilhada, o coração se inquieta com temor de não fazer a escolha certa, com receio de chorar ou de não ter mais motivos pra sorrir, relaxar nas mãos do tempo é compreender que as decisões nunca são fáceis de tomar quando, a alma aflita perdeu a paz e não consegue mais cantar.
A todo instante, sobressaltos e barreiras podem existir pois, o caminho nunca é o mesmo e a vida gosta de variar a paisagem.
Também mudamos com o passar das eras e as lições fortalecem a nossa caminhada. Preparam os nossos pés para trajetos mais ousados mas, também nos tornam mais capazes de vislumbrar os mais belos horizontes. E, cedo ou tarde aprendemos a adormecer nas mãos do tempo, confiantes que, o despertar trará de novo as alegrias e as vitórias desejadas... Renata de Melo Moreira

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